Literatura para uma vida cristã sadia

Autoexame - William Nicholson

Autoexame

William Nicholson

Examine-se, pois, o homem a si mesmo (1Co 11.28).

Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não reconheceis que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados (2Co 13.5).

 

O autoexame é uma tarefa de grande importância e precisa ser executada com o maior cuidado e exatidão. Infelizmente, é um dever bastante negligenciado. Se fosse mais praticado, haveria mais santidade pessoal e felicidade, haveria menos formalidade e apatia na Igreja, a religião seria considerada mais atraente para o mundo.

Aquele que regularmente examina seus negócios seculares conhece sua própria situação e age de acordo. Se ele negligencia esse exame, os resultados podem ser bastante dolorosos.


I. A imposição desse dever – “Examine-se, pois, o homem a si mesmo”.

“Examinar” significa inspecionar, testar, fazer um rígido exame – e, com isso em vista, comecemos com nosso próprio coração. Somos, também, exortados, a “provar-nos a nós mesmos”, testar a nós mesmos assim como se testam os metais: se for constatado que são puros, são aprovados; se não, são rejeitados e considerados como refugo (Jr 6.30).

Esse dever é pessoal. Ele começa dentro de nós, onde o dever é exigido. Há pessoas que estão prontas a examinar outras pessoas sem caridade e com disposição de condenar. É possível vermos o cisco no olho do nosso irmão quando temos uma trave em nosso próprio olho!

 

Examinemos a nós mesmos:

1. Quanto à nossa aceitação por parte de Deus

Já fomos convencidos do nosso estado de perdição? Já sentimos que somos espiritualmente impotentes? Será que Cristo já nos foi revelado como nosso Salvador? Já nos reconciliamos com Deus pela fé nele? Alguma vez já nos regozijamos no amor perdoador, na graça justificadora e nos privilégios da adoção por parte de Deus?

 

2. Quanto à nossa fé

Cremos de coração nas doutrinas do evangelho? Vivemos de acordo com elas? Podemos dizer, como Paulo: “Estou crucificado” (Gl 2.20)? Estamos livres de um espírito de justiça própria? Será que nossa fé apresenta frutos ou obras que provam que ela está viva (Tg 2)? Esse é um ponto de extrema importância com respeito à nossa salvação. Se estamos na fé, todas as outras graças vêm a reboque. Se não estamos na fé, não importa o que somos, nossas esperanças e trabalho são todos vãos (Jo 3.36).

 

3. Quanto à nossa esperança

Se a fé está correta, a esperança estará correta (Hb 11.1). Sem fé não pode haver esperança. A fé que temos nos faz erguer a cabeça no meio da tribulação? Ela nos mortifica em relação ao mundo?

 

4. Quanto à nossa ligação com a Igreja

Consideramos a Igreja como um benefício? Somos motivo de honra para ela, ou somos um obstáculo? Desejamos, buscamos, oramos e contribuímos para que ela prospere?

 

5. Quanto ao nosso comportamento no mundo

Estamos separados ou nos conformamos a ele? Brilhamos nele? Buscamos a sua salvação?

 

6. Quanto às provações da vida

Murmuramos e nos afligimos? Somos pacientes? Saímos delas como ouro refinado?

 

 

II. Como fazer o autoexame

1. De forma solene

O autoexame é uma tarefa importante, a mais importante que o homem pode executar. Ele tem reflexos na eternidade!

 

2. Por comparação

Comparemos nossa disposição, espírito e conduta com a parte normativa da Palavra de Deus, com os exemplos de conduta cristã registrados nela.

 

3. Com imparcialidade

Sem dar atenção demais às nossas fraquezas, sem nos desculparmos por conta das nossas circunstâncias. Julguemos de forma imparcial, como estando na presença do Deus que sonda o coração.

 

4. Com frequência

Façamo-lo quando lermos e ouvirmos o evangelho. Ao final de cada dia, no leito onde, antes do amanhecer, talvez tenhamos falecido. No Dia do Senhor. Antes de participar da ordenança da Ceia do Senhor. Veja 1Coríntios 11.28.

 

5. Com devoção

Suplique a Deus que o faça por você, e o lembre do seu dever. Ore por perdão, por avivamento, por força, por fé e por uma vida vigorosa. “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno” (Sl 139.23-24).


 

III. Os importantes benefícios que advêm de cumprir o dever do autoexame

Ele é essencial para nosso crescimento na graça, nossa utilidade e felicidade. Precisamos dele. Somos imensamente propensos ao erro, a nos tornarmos displicentes, a negligenciar nosso dever.

O autoexame nos conduzirá à humildade, ao arrependimento, à fé, ao sadio crescimento cristão.

O autoexame nos alertará contra o perigo e conduzirá ao nosso livramento e segurança.

O marinheiro mantém-se vigilante, verifica a profundidade das águas, tira suas conclusões e repara até as menores avarias.

Da mesma forma, na viagem da vida, o cristão que não quiser naufragar na fé precisa ser vigilante e diligente; precisa levar a sério a tarefa de verificar sua situação e certificar-se do seu curso.

O autoexame conduzirá a um maior prazer espiritual; nos deixará preparados para a morte; e dará confiança e esperança à vista da eternidade.

 

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As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem (Jo 10.27).

 

 

Ao homem que teme ao SENHOR, Ele o instruirá no caminho que deve escolher (Sl 25.12).

 

 

Aplica-te ao estudo da Palavra.

 

Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto (Is 55.6).

 

 

Onde está, ó morte, o teu aguilhão? (1Co 15.55)

 

 

Orar bem é estudar bem.

 

 

Seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente (Is 40.8).

       

   Em tudo dai graças (1Ts 5.18).

 

 

Ao homem que teme ao SENHOR, ele o instruirá no caminho que deve escolher (Sl 25.12).

 

 

Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do SENHOR, que fez os céus e a terra (Sl 121.1-2)

 

 

 

 

     

A vereda dos justos é como a luz da aurora, que brilha mais e mais até ser dia perfeito (Pv 4.18)
 
Deus tudo vê

 

Não temais, pequenino rebanho.

 

 

 

Deus existe e é galardoador daqueles que diligentemente O buscam. - Hebreus 11.6

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