Noé: a fé atende ao que Deus ordena
A. W. Tozer
As pessoas em geral se lembram de Noé como aquele que construiu uma enorme arca numa ladeira sem água — e riem com gosto do que ele fez. A Bíblia nos apresenta Noé por causa da sua fé em Deus — e o apresenta como modelo de alguém que fez exatamente o que Deus lhe havia ordenado.
Se havia comediantes nos dias de Noé, eles com certeza se aproveitaram daquele ancião — construindo sua enorme barca tão longe da água. Enquanto achavam graça, recusavam-se a crer que Deus havia dito a Noé: "Resolvi dar cabo de toda carne, porque a terra está cheia da violência dos homens" (Gn 6.13). Eles se recusavam a crer que Deus é soberano.
O destaque da Bíblia concentra-se na fé de Noé. "Assim fez Noé", declaram as Escrituras, "consoante a tudo o que Deus lhe ordenara" (6.22). A dimensão que o Novo Testamento dá à fé de Noé é mencionada de forma breve, mas comovente e memorável: "Pela fé, Noé, divinamente instruído acerca de acontecimentos que ainda não se viam e sendo temente a Deus, aparelhou uma arca para a salvação de sua casa; pela qual condenou o mundo e se tornou herdeiro da justiça que vem da fé" (Hb 11.7).
Noé não foi uma figura popular nos dias em que viveu. Mas ele foi o homem de Deus na pior crise da história, e ele foi fiel no ministério profético que Deus lhe tinha dado.
Agora, quando tratamos de Noé e do dilúvio, temos de tratar do pecado e do julgamento e de tocar o alarme — e nenhum desses assuntos haverá de tornar popular alguém do século vinte e um. Apesar disso, queremos descobrir como a Bíblia nos diz respeito à medida que revisamos a fé e a obediência de Noé.
A lição de Noé
Há alguns mestres em nossas igrejas que se destacam naquilo que denominam "análise bíblica". Eles estão o tempo todo procurando a "chave" do livro ou o "versículo chave" do capítulo ou talvez até mesmo a "palavra chave" num versículo bíblico.
Embora seja útil, no estudo bíblico, discernir a diversidade existente nas seções e segmentos que compõem as Escrituras, uma "chave" é algo diferente. Pessoalmente, eu não penso que nossa Bíblia tenha sido concebida dessa forma. Se você precisa descobrir uma chave e não a encontra, a mensagem continuará inacessível. Essa não é a forma que a Bíblia nos fala e nos guia.
Muitas vezes se diz que a Bíblia é, na verdade, uma carta de amor que Deus nos escreve. Imagine um marinheiro nalgum lugar do Pacífico. Ele escreve uma terna e amorosa carta a sua esposa, que está em casa com os filhos, a meio mundo de distância. Quando a carta chega, a esposa do marinheiro rapidamente abre o envelope.
Qual é o primeiro pensamento dessa esposa, quando ela começa a ler? Será que ela pensa: "Será que serei capaz de encontrar a chave para entender a mensagem desta carta?" Ah, não! Ela não pensa nisso de jeito nenhum. Ela lê com alegria, com gratidão, com satisfação. Ela sente o amor que originou aquela carta. Ela não precisa de um diploma para entender e absorver a mensagem de cada parágrafo.
Ao considerarmos a fé de Noé, não precisamos ir longe em busca de entendimento. A Bíblia nos dá uma mensagem clara com respeito a Noé. É exatamente isto: "Demonstre a sua fé em Deus em sua vida diária!"
É evidente que Deus não disse a Noé: "Eu dependo de você para conservar a doutrinas ortodoxas. Tudo estará bem, se você ficar firme nas doutrinas certas!" Não, não foi isso que Deus exigiu de Noé. Embora muita gente religiosa em nossos dias mantenha a ilusão de que aprender doutrina é o que basta. O que eles de fato pensam é que, de alguma forma, são pessoas melhores por terem aprendido as doutrinas da religião.
Mas o que foi de fato que Deus pediu que Noé fizesse? Simplesmente isto: que cresse, que confiasse, que obedecesse — que pusesse em prática a Sua palavra. Em suma, o que Deus disse a Noé foi o seguinte: "Eu pretendo demonstrar ao mundo inteiro que a sua fé é genuína, e que Eu sou galardoador daqueles que crêem em Mim e que confiam em Mim!"
A doutrina precisa ser encarnada
Gostei de uma afirmação sobre a doutrina cristã, feita por Martyn Lloyd-Jones, o pregador e escritor inglês, num artigo que ele escreveu. A essência da mensagem dele foi o seguinte: aquele que aprende doutrina por amor à doutrina está perigosamente perto de cometer pecado. Eu concordo com a conclusão dele, de que a doutrina sempre é mais bem apresentada quando se encarna — quando é vista revestida de carne, na vida de homens e de mulheres tementes a Deus.
A doutrina meramente falada não tem braços nem pernas, não tem língua nem dentes. Sozinha, ela não tem propósito, nem intenções, e com certeza não transmite imperativos morais.
O próprio Deus apresentou-Se em Sua melhor forma na Encarnação, quando veio ao nosso mundo e viveu em nossa carne. Aquilo que Ele tentava dizer ao homem mortal a respeito de Si mesmo, Ele agora foi capaz de demonstrar na Pessoa e na vida de Jesus, o Filho do Homem.
Qual é a melhor maneira de explicar o que é a fé? Leia os relatos bíblicos a respeito de Abraão — você verá a fé na vida dele. Qual é a melhor maneira de explicar o que é coragem? Leia sobre Elias e o seu desafio aos 400 profetas de Baal — você verá a coragem encarnada num homem. Qual é a melhor maneira de explicar o que é a fidelidade? Volte-se para a vida de Moisés. E o perdão? Volte-se para José.
Agora, o que é que vemos na vida de Noé? Noé demonstrou vários aspectos da fé, mas a ênfase especial é a seguinte: A fé presta atenção às advertências de Deus.
Na espécie de mundo em que vivemos, os homens e as mulheres com facilidade podem concluir que tantos alarmes são alarmes falsos, que de fato não há por que preocupar-se. Mas quando Deus ordena em alto e bom som um alarme, deveríamos ouvir e demonstrar interesse. Quando Deus disse a Noé: "Farei desaparecer da face da terra o homem que criei" (Gn 6.7), Noé creu em Deus, e agiu à altura da gravidade desse alarme.
Quando Deus avisa uma nação ou uma cidade, uma igreja ou uma pessoa, é um grave pecado desconsiderar essa advertência. Nós, cristãos conservadores, cremos que a mensagem cristã de fato contém um elemento de advertência. Nem todos os cristãos creem nisso. Alguns foram instruídos que o evangelho cristão consiste apenas em "boas novas". A única maneira que certas pessoas tentam explicar o completo significado do evangelho cristão é citar um único versículo: "Crê no Senhor Jesus e serás salvo" (Atos 16.31). É só isso! É tudo o que você precisa fazer, dizem eles.
O positivo faz lembrar o negativo
Mas eu quero aqui mencionar algo a respeito do uso da linguagem. É impossível fazer certas afirmações absolutas sem trazer à mente aquilo que é o exato oposto. Se eu disser, por exemplo: "Fui apresentado a um dos maiores homens que jamais conheci", estou fazendo uma comparação em minha mente. Estou tentando descrever o homem como grande, e não consigo fazê-lo sem ter também em mente um homem pequeno. Se não existe um homem pequeno, não consigo descrever o outro homem como grande.
Dessa mesma forma, quando as Escrituras nos advertem para crermos no Senhor Jesus Cristo para sermos salvos, vem à nossa mente a realidade da condição perdida da humanidade. Por que eu tenho de crer em Cristo para ser salvo? Porque eu estou perdido. Porque eu sou um pecador. Porque eu tenho crido no diabo e em todas as suas obras, dirigindo-me à perdição eterna! Eu estou alienado de Deus.
Até mesmo em João 3.16, o mais belo e sublime versículo de todos, há um elemento de alarme soando constantemente para o perdido: "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". A salvação está ali, sim! Mas a palavra pereça está claramente ali, também. E a preocupante situação perdida da raça humana está bem ali.
Essa é a realidade fundamental da nossa fé — a realidade de crer e confiar. O evangelho cristão sempre foi e deve continuar sendo um evangelho de alarme, de advertência. O evangelho cristão não pode ser sempre um evangelho de mel e doçura! Segue-se que há um tipo de fé que responde, que crê na validade de uma advertência que vem da parte de Deus.
A mensagem do evangelho é uma mensagem de esperança e de boas novas para aqueles que atendem e creem. Mas a mensagem do evangelho é duramente clara para aqueles que não creem: "Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus" (Jo 3.18).
Noé aceitou a realidade da advertência de Deus sobre o juízo que estava para vir. Ele evidenciou a sua fé ao reconhecer que o caminho de Deus era o melhor e o melhor de todos os cursos de ação.
Mas por que Noé "temeu"?
Agora, algumas pessoas reagem negativamente à declaração de Hebreus 11.7, de que "Noé ... temeu" (Versão Revista e Corrigida) ao fazer tudo o que Deus havia ordenado. Nossa língua nem sempre nos dá uma perspectiva correta da palavra temer.
Se estamos familiarizados com a Bíblia e com os muitos homens e mulheres de Deus que confiaram no Senhor, sabemos que o temor santo é uma espécie de fé estreitamente associada com elevada sabedoria moral. O fato de um ser humano temer sofrer perdas espirituais irreparáveis só pode ser sabedoria. É um tipo sábio de temor aquele que leva em consideração o significado de uma separação permanente e eterna de Deus, a fonte de todo o bem.
Noé demonstrou uma qualidade elevada de sabedoria humana bem como de preocupação espiritual quando foi levado a confiar em Deus e na Sua palavra. Ele não argumentou sobre os seus direitos. Ele não argumentou sobre a avaliação que Deus fez da natureza humana e da violência dos homens. Ele não argumentou sobre o modo de agir de Deus.
A alta estima de Noé para com a pessoa de Deus misturou-se com a sua própria fé reverente e com o seu santo temor. O conhecimento que ele tinha de Deus era pessoal, em primeira mão. Deus havia Se revelado, e Noé disse: "Eu vou confiar, eu vou seguir, eu vou crer!"
Pelo fato de que o temor de Noé era um santo temor, ele foi movido a preparar-se para o que Deus faria em seguida. O temor de Noé o moveu. Foi simples assim, e foi tão importante assim. Nada além da vontade de Deus tinha importância para ele.
Eu preciso mencionar aqui um método moderno de lidar com o medo humano, com a culpa humana, com o pecado humano. É a psicologia que dirige a coisa toda. Tenho mencionado que em nossos dias prevalece o velho pensamento grego de que o drama baseado em casos reais pode ser utilizado como uma catarse moral. Os autores gregos diziam escrever em suas famosas peças teatrais todo tipo de crueldade e terror, angústia e tristeza para que a audiência pudesse provar toda a gama de emoções humanas. Supunha-se que os homens e as mulheres se vissem capacitados a vivenciar esses sentimentos ao assistir à representação de um ator.
Eu nunca acreditei que os gregos tivessem conseguido algum benefício moral com essa ideia. Em nossos dias, contudo, defende-se ainda esse conceito. E está sendo levado a um extremo ridículo.
Muitas pessoas que assistem televisão ou vão a teatros, que talvez nunca tenham derramado uma real lágrima por alguma pessoa real, de fato choram diante das dificuldades emocionais e das tribulações dos atores de TV e dos cinemas. Uma catarse moral, diriam os gregos. Identifique-se de tal forma com alguma personagem imaginária, de forma que você deixe fluir todas as suas emoções. Daí você experimentará uma espécie de purificação.
Não é nada disso que você vai experimentar!
O que vai acontecer é que você se tornará um zumbi, se tornará uma pessoa artificial! Você estará tão envolvido emocionalmente com aquilo que é irreal e artificial, que nunca jamais terá as emoções certas de preocupação por aquilo que é real e verdadeiro.
Noé enfrentou a realidade
Talvez isso soe como distante e diferente da fé de Noé, mas existe, sim, um elo de ligação. Noé foi movido - mas ele não estava emocionalmente descontrolado. Ele não foi movido pelo temor humano depravado, cheio de culpa. Ele foi movido pelo conhecimento pessoal de uma revelação de um Deus santo e soberano.
Quando alguma coisa incomum nos acontece, costumamos exclamar: "Isso não pode estar acontecendo!" Noé recebeu uma palavra de Deus, e ele disse: "Isso é real! Eu sei que é real! É mais sábio fazer exatamente o que Deus mandou fazer!"
Há muita gente ao nosso redor que é movida pela emoções, mas não são movidas o suficiente para fazer alguma coisa significativa. Elas não se sentem bem enquanto não "lavam a alma" num bom choro. Já encontrei algumas pessoas assim. Elas choram até ensopar um lenço. Daí, subitamente, as lágrimas se vão, e elas parecem satisfeitas, dizendo que se sentem "muito melhor".
Não me identifico com esse tipo de temperamento ou personalidade. Devo confessar que, para mim, é quase uma morte chorar em público. Não sou do tipo chorão. Minhas lágrimas custam a brotar. Se alguma coisa é forte o suficiente para trazê-las à superfície, é porque estou passando por alguma profunda e vigorosa experiência em meu interior.
Mas deveríamos ser movidos e nos deveríamos emocionar com as realidades eternas. Noé foi movido — e ele se mexeu para fazer aquilo que era certo e importante.
Ouvi, certa vez, um hábil e eficiente pregador descrevendo aquilo que ele tinha descoberto sobre as respostas emocionais de um auditório. Ele disse que certa vez contou a história de um velho e fiel cão pastor de ovelhas. No meio de uma tempestade, o pastor percebeu que onze dos seus carneirinhos haviam sumido. Uma, duas, três vezes ele mandou que esse velho cão saísse a procurar os carneirinhos perdidos. E continuou nisso, até que o esgotado mas fiel cão retornou com dez deles.
Mais uma vez o dono conduziu o velho cão até a porta: "Mais um, Pastor, falta mais um", ele disse. "Traga-o para dentro!" O cão, completamente exausto, lançou-se ao temporal mais uma vez. Muito depois ele voltou, carregando o carneirinho perdido. O velho cão lentamente colocou o fraco e ensopado carneirinho no chão, e então ele mesmo desmoronou no chão.
Depois de haver cuidado do carneirinho perdido, o pastor voltou-se ao velho cão para expressar-lhe a sua gratidão. Mas era tarde demais. O cão pastor estava morto. O fiel cão havia dado tudo de si para resgatar os carneirinhos.
Mas a realidade não os pôs em movimento
O pregador que estava descrevendo a sua experiência com essa história disse que os seus ouvintes estavam chorando quando ele terminou. Ele fez, então, a essas mesmas pessoas, a aplicação do evangelho, de forma deliberada e intencional. Ele lhes falou da fidelidade do Filho do Homem, quando foi levado para o Calvário. Ele descreveu o tipo de amor que motivou Jesus a morrer na cruz do Calvário.
"Descrevi Jesus tão vividamente como pude", disse o pregador recontando a experiência. "Apresentei o Salvador crucificado para que homens e mulheres O vissem".
E qual foi o resultado? "Um claro olhar de dura indiferença sobreveio a esse povo", concluiu o pregador. "Eles foram movidos pela história do fiel cão. Eles chegaram a chorar. Mas o Salvador morrendo na cruz? Eles já tinham escutado isso antes — e não mais se comoviam com isso".
Sim, Noé tinha emoções. Noé se comoveu. Mas ele não ficou parado, admirando-se e ponderando. Ele foi movido a enfrentar as consequências sob o olhar penetrante de uma geração incrédula e infiel a Deus.
Noé foi até a encosta da colina e iniciou a longa e cansativa tarefa de construir a arca. Ele a construiu exatamente conforme o modelo que Deus lhe havia dado. Ele condenou o mundo na sua incredulidade. Ele se tornou herdeiro da justiça que vem pela fé.
O que Noé diria a você, se ele pudesse vir e aconselhá-lo quanto a sua fé? Eu acho que sei o que ele diria — e penso que você também sabe.
"Quando você ouve a verdade", diria Noé, "a qualquer hora em que você ouve a verdade de Deus, a Palavra de Deus, ou você anda na direção para a qual é movido, ou você vai esperar. Se você espera, acabará descobrindo que, na próxima vez em que ouvir a verdade, ela não mexerá tanto com você. A próxima vez, menos ainda, e chegará o momento quando essa verdade não terá mais influência nenhuma sobre você!"
Daí Noé provavelmente encerraria o seu conselho assim: "Se eu tivesse me recusado a primeira vez a sair e construir a arca, talvez Deus tivesse falado outra vez. Mas cada vez seria mais fácil dizer: 'Não, Senhor, eu acho que não vou fazer isso'. Em breve, eu seria capaz de não dar a mínima consideração ao alarme que Deus estava fazendo soar!"
Não deixe de levar em consideração a advertência!
Precisamos confessar que existe uma perigosa espécie de descarada incredulidade que nos cerca por todos os lados. Pelo fato de estarem completamente sem temor de Deus, homens e mulheres em nossa geração prestam pouca atenção a qualquer dos sinais de alerta de Deus.
Quando jovem, eu vivi numa fazenda, e percebi que os pássaros e os animais tinham seus próprios métodos de comunicação, especialmente quando havia algum perigo ou se aproximava algo que lhes pudesse causar dano. Havia sempre voejando por ali alguns corvos famintos, e eles se comunicavam de forma peculiar. Mas somente um dos seus gritos agudos era o grito de alerta, o insistente alerta de perigo.
Alguns dos corvos eram suficientemente corajosos para pousar no milharal e bicar as espigas. Mas eles eram espertos e mantinham alguns corvos matreiros empoleirados nalgum toco de árvore ou nalgum poste. O instinto deles os prevenia dos fazendeiros com seus rifles, os quais jamais davam trégua aos corvos gulosos. Ainda longe, numa das pontas da plantação, a visão de um homem acionava esse grito de alerta do corvo na árvore — e todos os corvos decolavam à uma, voando cada um em busca de um lugar seguro.
É isso que eu quero dizer. Teria sido um corvo muito estúpido aquele que minimizasse o alarme, aquele que se demorasse para mais um grão de milho. Ele talvez pudesse rejeitar o seu instinto de pássaro e dizer: "Eu vou ficar! Eu não vou fugir com medo". Mas você sabe o que ia acontecer. O fazendeiro, com seu rifle, estouraria os seus pequenos e pobres miolos de pássaro e esse seria o seu fim. Ele tinha ouvido o alarme — estava com ele a decisão de atender ou não.
Eu aprendi também a lição dos pintinhos — uma fácil presa para os gaviões. Às vezes, antes mesmo que pudéssemos ver o gavião, nós ouvíamos os seus pios estridentes — algo parecido como um assobio agudo. Também a mamãe galinha ouvia isso, e ela usava o seu próprio cacarejar de alerta. Os pintinhos disparavam em direção a ela, e logo ela os tinha todos escondidos a salvo debaixo das asas. Esses pintinhos não perdiam tempo discutindo a validade do alarme. Eles atendiam rapidamente e ficavam a salvo do perigo aéreo que se aproximava.
Existe uma coisa chamada fé, que crê na validade de um alarme. Existe uma fé que não se envergonha de se mover na direção da arca da segurança.
Noé é o seu eterno exemplo. Queira Deus nos conceder ouvidos para ouvir, e coragem para obedecer!
As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem (Jo 10.27).
Ao homem que teme ao SENHOR, Ele o instruirá no caminho que deve escolher (Sl 25.12).
Aplica-te ao estudo da Palavra.
Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto (Is 55.6).
Onde está, ó morte, o teu aguilhão? (1Co 15.55)
Orar bem é estudar bem.
Seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente (Is 40.8).
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Em tudo dai graças (1Ts 5.18).
Ao homem que teme ao SENHOR, ele o instruirá no caminho que deve escolher (Sl 25.12).
Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do SENHOR, que fez os céus e a terra (Sl 121.1-2)
A vereda dos justos é como a luz da aurora, que brilha mais e mais até ser dia perfeito (Pv 4.18)
Deus tudo vê
Não temais, pequenino rebanho.