Literatura para uma vida cristã sadia

Sem competição - A. W. Tozer

 

Sem competição

A. W. Tozer

 

É inerente à natureza da religião de Cristo que ela não pode ser promovida por meio de competição.

A essência do Cristianismo é o amor abnegado. Isso foi expresso em primeiro lugar por nosso Senhor em Seu sofrimento redentor, e desde então sempre de novo tem sido expresso em cada ação simples de bondade da parte dos Seus seguidores uns para com os outros, e para um mundo sofredor. A essência da competição é o amor-próprio. Os homens competem para ganhar algo para si mesmos, e assim fazendo eles precisam necessariamente fazer com que alguém perca aquilo que eles mesmos ganham. Daí se percebe que as duas coisas são totalmente opostas. Não se pode ser egoísta e abnegado ao mesmo tempo.

Não há nada espiritual que se possa ganhar por meio de competição. A própria idéia de lutar com outrem por algum tesouro eterno para a alma é inimaginável. John Davison Rockefeller costumava deliciar-se jogando um punhado de moedinhas a um grupo de crianças, e observá-las disputando as moedas, cada uma esforçando-se para agarrar a maior quantidade possível. Os dons e as graças de Deus não são obtidos dessa forma. Cada um dos filhos de Deus pode obter tudo dele, e ninguém precisa receber menos porque algum outro recebeu com abundância.

Quando dois homens entram no ringue de boxe, eles sabem que apenas um vai ganhar, e qualquer que seja o ganhador ele só o será porque levou o outro à derrota. Quando cinco homens se alinham na pista para uma corrida, eles sabem que apenas um conseguirá chegar em primeiro lugar. Quatro deles precisam perder para que um só vença. Não é assim no reino de Deus. Os cristãos não correm uns contra os outros. Todos podem ganhar a corrida. Paulo compara o cristão a um lutador, mas a luta cristã não é contra os outros cristãos. Cada um pode ganhar, e ninguém precisa perder. O cristão, o homem de fé, luta contra o diabo, a carne e o mundo. Ele vence à medida que eles perdem; mas ele jamais vence algo verdadeiramente espiritual quando compete com um companheiro crente. Ele não pode fazê-lo, pela própria natureza das coisas.  Pensar dessa forma é admitir um absurdo.

Não importa qual seja a atividade religiosa, seja da espécie que for, promovida num espírito de competição, ela é carnal e haverá de perecer com a carne. No dia de Cristo, nada restará senão autocondenação e desapontamento. Contudo, há formas de promoção religiosa que se prestam a usos egoístas. Os andaimes terrenos da fé cristã são montados, com frequência, a partir de motivos não mais nobres do que inveja e ambição pessoal. O lado eterno das coisas está além do alcance dos homens carnais; os elementos temporais estão sujeitos à manipulação de líderes ambiciosos que buscam glória para si mesmos. E, de fato, eles obtêm a sua recompensa.

Sendo as circunstâncias o que são, o ministro cristão é a pessoa mais tentada a desenvolver atividades religiosas competitivas. Até mesmo onde o seu respeito próprio e bom gosto não aprovam que ele se envolva numa evidente corrida por números ou publicidade ou fama, ele talvez tolere o espírito de inveja em seu coração e assim se torna tão culpado como o grosseiro e menos inibido tagarela que abertamente procura sobressair. Ele pode ver-se livre do espírito de rivalidade religiosa indo diretamente a Deus e obtendo um entendimento sobre a coisa toda. Deve humilhar-se na presença de Deus e com todo ardor orar algo parecido com o seguinte:

Querido Senhor, eu me recuso, de agora em diante, a competir com qualquer dos Teus servos. Eles têm congregações maiores do que a minha. Que seja assim. Eu me regozijo no sucesso deles. Eles têm dons maiores. Muito bem. Isso não depende deles, nem de mim. Eu humildemente agradeço os dons maiores deles e os meus dons menores.  Eu apenas oro que eu possa usar para a Tua glória esses dons modestos que possuo. Não quero comparar-me com ninguém, nem tentar fortalecer minha autoestima observando onde eu sobrepujo um ou outro no Teu trabalho santo. Com esta oração, renuncio completamente a todo e qualquer mérito pessoal. Eu sou um servo inútil. Alegremente me coloco como o último da turma, e me reconheço como o menor do Teu povo. Se eu errar em meu autojulgamento e de fato me subestimar, de nada disso quero ficar sabendo. Proponho-me a orar pelos outros e regozijar-me na prosperidade deles como se fosse a minha própria. E de fato  é a minha própria se é a Tua, pois aquilo que é Teu é meu, e, enquanto um planta e outro rega, és Tu somente quem dá o crescimento.

O homem que anda de acordo com o espírito dessa oração, se verá livre de todo mal e de toda rivalidade, e estará livre para servir a Deus na simplicidade e no poder do Espírito Santo. Um homem assim edificará com ouro e prata e pedras preciosas, e escapará da tragédia de descobrir tarde demais que edificou com madeira, feno e palha.

 

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As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem (Jo 10.27).

 

 

Ao homem que teme ao SENHOR, Ele o instruirá no caminho que deve escolher (Sl 25.12).

 

 

Aplica-te ao estudo da Palavra.

 

Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto (Is 55.6).

 

 

Onde está, ó morte, o teu aguilhão? (1Co 15.55)

 

 

Orar bem é estudar bem.

 

 

Seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente (Is 40.8).

       

   Em tudo dai graças (1Ts 5.18).

 

 

Ao homem que teme ao SENHOR, ele o instruirá no caminho que deve escolher (Sl 25.12).

 

 

Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do SENHOR, que fez os céus e a terra (Sl 121.1-2)

 

 

 

 

     

A vereda dos justos é como a luz da aurora, que brilha mais e mais até ser dia perfeito (Pv 4.18)
 
Deus tudo vê

 

Não temais, pequenino rebanho.

 

 

 

Deus existe e é galardoador daqueles que diligentemente O buscam. - Hebreus 11.6

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